quinta-feira, 29 de abril de 2010

'Revista Time' escolhe Lula como o líder mais influente do mundo

Presidente é o primeiro na categoria 'leaders'. Obama ficou em quarto lugar na mesma relação; brasileiro Jaime Lerner é citado entre 'pensadores'.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi apontado como o líder mais influente do mundo em uma lista de personalidades escolhidas pela revista americana 'Time'. A relação foi divulgada nesta quinta-feira (29) no site da revista. O presidente americano Barack Obama aparece na mesma lista em 4° lugar.

A revista faz uma tradicional indicação anual das 100 pessoas mais influentes do mundo. Líderes, heróis, artistas e pensadores. Bill Clinton foi escolhido como primeiro na lista dos heróis e teve sua apresentação redigida por Bono, enquanto Lady Gaga é a artista mais influente, apresentada por um artigo de Cyndi Lauper. Na categoria pensadores, a primeira da lista é Zaha Hadid. O ex-governador do Paraná Jaime Lerner foi apontado como 16º na lista dos pensadores.

O documentarista Michael Moore foi o responsável por escrever o texto no qual apresenta uma breve biografia de Lula. "O que Lula quer para o Brasil é o que nós [dos Estados Unidos] costumávamos chamar de sonho americano", avalia o documentarista.

Outras homenagens

Lula já havia recebido outras homenagens de jornais e revistas importantes no cenário internacional. Em 2009, foi escolhido pelo jornal britânico "Financial Times" como uma das 50 personalidades que moldaram a última década.

Também foi eleito o "homem do ano 2009" pelo jornal francês 'Le Monde', na primeira vez que o veículo decide conferir a honraria a uma personalidade. No mesmo ano, o jornal espanhol 'El País' escolheu Lula o personagem do ano. Na ocasião, Zapatero refigiu o artigo de apresentação do brasileiro e disse que Lula 'surpreende' o mundo.

Veja abaixo a lista dos 10 líderes mais influentes da Time
1 - Luiz Inácio Lula da Silva
2 - J.T. Wang
3 - Admiral Mike Mullen
4 - Barack Obama
5 - Ron Bloom
6 - Yukio Hatoyama
7 - Dominique Strauss-Kahn
8 - Nancy Pelosi
9 - Sarah Palin
10 - Salam Fayyad

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ibope aponta Serra com 36% e Dilma com 29%, diz jornal


Pesquisa foi encomendada pela Associação Comercial de São Paulo.
Levantamento foi divulgado pelo Diário do Comércio nesta quarta-feira (21).


Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (21) aponta o candidato do PSDB, José Serra com 36% das intenções de voto e Dilma Rousseff, do PT, com 29%. A pesquisa sobre intenção de votos para presidente foi encomendada pela Associação Comercial de São Paulo e divulgada no jornal Diário do Comércio. Os sete pontos percentuais que os separam eram cinco na pesquisa anterior do mesmo instituto (35% a 30%).

Segundo o jornal, o levantamento mostra os pré-candidatos Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva, do PV, empatados em terceiro lugar, com 8%. Em um possível segundo turno, Serra venceria com 46% dos votos e Dilma teria 37%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 18 de abril com 2002 entrevistados em 141 municípios do País. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Datafolha

Na pesquisa Datafolha divulgada no dia 17 de abril, Serra tinha 38% das intenções de votos na corrida presidencial, e Dilma 28%. Uma diferença de 10 pontos percentuais.

No fim de março, Serra e Dilma tinham, respectivamente, 36% e 27%, segundo o mesmo instituto de pesquisa. A diferença era de nove pontos percentuais.

Sensus

Pesquisa do instituto Sensus divulgada no dia 13 de abril apontou empate técnico entre Serra (32,7%) e Dilma (32,4%). Na pesquisa anterior do mesmo instituto, divulgada no dia 1º fevereiro, Serra tinha 33,2% e Dilma 27,8%. A diferença entre os dois era de 5,4 pontos percentuais. Os dois já estavam tecnicamente empatados, devido à margem de erro de 3% da pesquisa.

Após a divulgação do último resultado da pesquisa, o PSDB recebeu autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fiscalizar a pesquisa, alegando que não foi respeitada a regra eleitoral que estipula o prazo de cinco dias para a divulgação, a contar do registro das informações no TSE.

A pesquisa foi registrada pelo instituto no dia 5 de abril, em nome do Sindicato de Trabalhadores em Concessionárias de Rodovias (Sindecrep). A entidade negou à imprensa que tivesse encomendado o levantamento, o que fez o instituto realizar um segundo registro, desta vez em nome do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo (Sintrapav), no dia 9.

A contar desse dia, a pesquisa só poderia ter sido revelada no dia 14 de abril, quando completaria os cinco dias exigidos pela norma, argumentam os advogados do PSDB. O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, afirmou que a alteração do nome do contratante foi feita dentro do prazo da pesquisa de campo e, por isso, não traria prejuízo à data de divulgação.

Métodos questionados

O jornal “Folha de S. Paulo” questionou o instituto Sensus sobre a ordem das perguntas nos questionários de pesquisas. O Sensus pede que o entrevistado avalie o governo Lula antes de declarar em quem pretende votar para presidente. Segundo o jornal, críticos do método dizem que dada a alta aprovação de Lula, o entrevistado poderia se sentir compelido a declarar voto na candidata petista.

Ricardo Guedes, sócio e diretor do Sensus, afirma que o questionário seguiu "critérios acadêmicos". "A metodologia que a gente usa é academicamente legítima, com suporte na literatura," disse ele ao jornal. A Folha lembra que os institutos Datafolha e Ibope abrem a pesquisa perguntando em quem o eleitor pretende votar para presidente, para depois pedir que ele avalie o governo.

Dia de protestos das polícias civil e militar começa tranquilo


O dia começou tranquilo na Delegacia de Plantão de Santo Amaro, no Recife. Apesar das inúmeras placas indicando que os agentes da polícia civil estariam realizando apenas serviços essencias, como flagrantes e aberturas de inquéritos de assassinatos, não houve uma grande demanda por boletins de ocorrência que chegassem a trazer problemas aos agentes.

De acordo com o delegado de plantão de Santo Amaro, Carlos Gilberto, todos os procedimentos que chegaram até ele foram prontamente atendidos, mas não há como controlar os anseios da categoria. "Alguns policiais estavam falando de movimento grevista e da necessidade de apenas realizarem serviços essenciais. Nesse caso, é um direito deles, não teria como impedir essa situação", defende.

Trajando roupas pretas com frases que reforçam a campanha salarial que motivou a paralisação, os policiais informavam aos cidadãos que os trabalhos estão reduzidos, o que gerou descontentamento dos que buscaram a delegacia. "Essa greve complicou muito minha situação. É um absurdo. Tudo que preciso é um encaminhamento, mas é urgente e não pude ser atendida", afirmou a esteticista Cibelle de Cássia Abreu, de 24 anos. Ela foi vítima de queimaduras de 2° e 3° graus causados por um aparelho celular e precisava do B.O. para que uma perícia fosse realizada no Instituto de Medicina Legal, requisito necessário para a abertura de um processo legal.

A promessa de ‘Operação Padrão‘ da Polícia Militar também não estava sendo levada à risca na região. Em frente à delegacia, apenas um carro do 16° Batalhão trazia vítimas ou pessoas apreendidas até o local. Durante o plantão, foram registrados apenas dois flagrantes de tráfico e uma de furto. Além disso, uma carga, com aproximadamente 600 caixas de chocolates com data de validade vencida, foi apreendida na Avenida Norte, mas ninguém acabou preso.

De acordo com o Soldado da 16° BPM, Rudinele Barreto, as ações da PM não têm transcorrido com diferença alguma dos dias comuns. "Fomos informados sobre o movimento, mas, pelo que percebemos, todos estão trabalhando como todos os dias. Não há uma política de tolerância zero", avalia.

Lula se reúne com Eduardo Campos para discutir PSB na eleição


Está marcado para a manhã desta sexta-feira (23) no Palácio da Alvorada, o encontro do presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na pauta, a situação do PSB na sucessão presidencial. Lula e Campos se reuniram ontem para discutir a obra da ferrovia Transnordestina com outros dois governadores do partido, mas não houve tempo de tratar da questão política.

O PSB tem encontrado dificuldade para convencer o deputado Ciro Gomes a não lançar candidatura própria à Presidência da República e apoiar a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, na corrida eleitoral. Ontem, em reunião realizada em Brasília, Ciro Campos e o vice-presidente do partido, Roberto Amaral, discutiram uma saída honrosa para que o deputado abandone de vez a corrida pela sucessão do presidente Lula.

A proposta de candidatura própria será submetida aos diretórios regionais da legenda e discutida na reunião da Executiva Nacional, na próxima terça-feira. Como a maioria dos diretórios é favorável ao apoio a Dilma, a expectativa é de que essa discussão seja encerrada.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Caixa estuda possibilidade de oferecer planos de saúde para população de menor renda


Rio de Janeiro – A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Gomes Coelho, informou hoje (19) que um estudo sobre a viabilidade do banco entrar no ramo do seguro de saúde deve sair ainda este ano. Segundo ela, o mercado tem um potencial de crescimento muito grande nesta área com a inclusão de clientes que hoje não têm condições financeiras de pagar um plano de saúde.

“É um segmento do qual participam as demais instituições financeiras e é estratégico para nossa instituição oferecer esses produtos e serviços, sobretudo para as camadas mais baixas da população”, disse.

Maria Fernanda acredita que o crescimento da economia irá estimular também as empresas a buscarem diferenciais para sua equipe e empregados em relação aos planos de saúde. “Tudo indica que entraremos com parcerias, mas ainda estamos estudando o perfil, os setores e segmentos possíveis”.

domingo, 18 de abril de 2010

Decisão do PT levou em consideração o projeto nacional


Como se imaginava, ficou para o último dia decisão do nome do PT ao Senado. Um dia antes do término do prazo para as inscrições dos nomes para as prévias, Humberto foi anunciado como o nome do partido para a chapa majoritária comandada por Eduardo Campos.

Os rumos foram tomados a partir de uma diretriz nacional. Em conversa começada ontem à noite entre João Paulo e Humberto Costa, o presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra estava presente. Hoje pela manhã, em outra conversa antes da coletiva, se juntaram aos três o presidente estadual, Jorge Perez e o prefeito João da Costa.

João Paulo disse estar tranqüilo com a decisão. Segundo ele, como há muito se pregava, o projeto nacional foi priorizado e em prol disso que abriu mão de disputar. Sem a animação habitual, se disse satisfeito em sair para deputado federal.

Humberto, por sua vez, reconheceu sua absolvição no escândalo conhecido como dos vampiros, no mês passado, como fator pro. Além disso, contou com um resultado favorável na última pesquisa do PT.

Governo confirma mudanças na Secretaria de Defesa Social


O governador do estado confirmou a mudança de nomes na Secretaria de Defesa Social (SDS), uma das maiores vitrines da sua gestão. No lugar de Servilho Paiva, o novo titular da pasta será o Delegado Federal Wilson Damásio, que assume o cargo na manhã dessa segunda-feira. Já na função do comandante geral da Polícia Militar, Coronel José Lopes, entra no lugar do coronel Antônio Carlos Tavares, que atualmente exerce a função de chefe de Estado do comando Maior.

A mudança no governo acontece por conta de desavenças pessoais entre Servilho e Lopes, mas não era vontade do governador Eduardo Campos mexer na equipe até então. Desde o dia 5, contudo, o governador tinha recebido uma carta de Servilho que condicionava a permanência no governo à saída de Lopes.

O estopim da crise entre ambos foi a negociação salarial de Policiais Militares e Civis. Numa mesa de negociaçõa, no Palácio das Princesas, Lopes conseguiu um percentual maior de reajuste do que o governo havia repassado para Servilho.

Isso irritou o então secretário, que achou haver quebra de hierarquia na iniciativa de ir procurar o governo sem conversar com ele antes. A posse dos novos secretários deve acontecer por volta das 10h. A mudança atingirá outros cargos relevantes, como chefia do estado maior, sub-chefia do estado maior e direção geral de operações.

Palácio do Governo se pronuncia esta tarde sobre futuro da SDS e da PM


O Palácio do Governo promete se pronunciar no final da tarde de hoje sobre as especulações a respeito do futuro da Secretaria de Defesa Social (SDS) e da Polícia Militar de Pernambuco. De acordo com o secretário de Imprensa, Evaldo Costa, o anúncio se dará entre as 16h e as 17h deste domingo, através de uma nota oficial.

O que se sabe até o momento é que o delegado da Polícia Federal Servilho Paiva teria entregue o cargo de secretário de Defesa Social de Pernambuco, que ocupava desde setembro de 2007. Responsável pela política da redução de criminalidade no estado, ele apresentou sua renúncia ao governador Eduardo Campos na noite de sexta-feira e já divulgou uma carta, enviada por e-mail e torpedo de celular aos amigos e colaboradores mais próximos, comunicando a sua decisão. Servilho Paiva não atendeu ao apelo de Eduardo para acertar suas diferenças com o comandante da Polícia Militar, coronel José Lopes, com quem se desentendeu no final do mês de março durante as negociações salariais dos PMs.

Por causa da movimentação de Lopes junto ao governador - sem autorização e conhecimento do secretário da SDS - para conseguir um percentual maior para sua corporação, Servilho teria deixado claro que houve quebra de hierarquia e que não permaneceria no posto se não houvesse mudança no comando da PM. A reunião na sexta-feira, convocada pelo governador, serviria para Eduardo Campos pôr fim à crise em uma pasta estratégica na sua administração, que vem apresentando seguidas quedas nos números de homicídios.

O governador tentou convencer o secretário executivo da pasta, Cláudio Coelho Lima, a assumir temporariamente a Secretaria de Defesa Social, mas ele também apresentou sua renúncia, assim como outros assessores ligados a Servilho Paiva. Em relação ao comando da Polícia Militar, a situação do coronel José Lopes, que tomou posse em julho de 2008 e é bastante respeitado pela corporação, por ser um oficial de carreira, a tendência é de que não continue mais no posto. O governador já havia sinalizado que preferia que os Servilho e Lopes permanecessem trabalhando juntos, mas também havia se decidido que, na falta de acordo, não tomaria partido de nenhum lado e faria uma mudança de comando tanto da SDS quanto da PM.

Informações não confirmadas dão conta de que o comandante geral da Polícia Militar, coronel José Lopes e também o secretário Servilho Paiva, teriam sido afastados pelo governador.

Leia a íntegra da carta de despedida de Servilho Paiva

"Com a certeza de termos procurado fazer o melhor que estava ao nosso alcance, mas firmes em preservar o que foi construído até agora, informamos que entregamos formalmente ao senhor governador Eduardo Campos o cargo de secretário. Agradecemos nesta oportunidade todo o apoio e carinho recebidos durante esta árdua, porém vitoriosa tarefa. Agora nos resta ajudar esta nova equipe no que for possível e torcer para que tudo corra bem e os avanços sejam consolidados e ampliados.

Abraços, Servilho"

Servilho Paiva deixa o comando da SDS


O delegado da Polícia Federal Servilho Paiva não é mais secretário de Defesa Social de Pernambuco, cargo que ocupava desde setembro de 2007. Responsável pela política da redução de criminalidade no estado, ele apresentou sua renúncia ao governador Eduardo Campos na noite de sexta-feira e já divulgou uma carta, enviada por e-mail e torpedo de celular aos amigos e colaboradores mais próximos, comunicando a sua decisão. Servilho Paiva não atendeu ao apelo de Eduardo para acertar suas diferenças com o comandante da Polícia Militar, coronel José Lopes, com quem se desentendeu no final do mês de março durante as negociações salariais dos PMs.

Por causa da movimentação de Lopes junto ao governador - sem autorização e conhecimento do secretário da SDS - para conseguir um percentual maior para sua corporação, Servilho teria deixado claro que houve quebra de hierarquia e que não permaneceria no posto se não houvesse mudança no comando da PM. A reunião na sexta-feira, convocada pelo governador, serviria para Eduardo Campos pôr fim à crise em uma pasta estratégica na sua administração, que vem apresentando seguidas quedas nos números de homicídios.

O governador tentou convencer o secretário executivo da pasta, Cláudio Coelho Lima, a assumir temporariamente a Secretaria de Defesa Social, mas ele também apresentou sua renúncia, assim como outros assessores ligados a Servilho Paiva. Em relação ao comando da Polícia Militar, a situação do coronel José Lopes, que tomou posse em julho de 2008 e é bastante respeitado pela corporação, por ser um oficial de carreira, a tendência é de que não continue mais no posto. O governador já havia sinalizado que preferia que os Servilho e Lopes permanecessem trabalhando juntos, mas também havia se decidido que, na falta de acordo, não tomaria partido de nenhum lado e faria uma mudança de comando tanto da SDS quanto da PM.

Leia a íntegra da carta de despedida de Servilho Paiva

"Com a certeza de termos procurado fazer o melhor que estava ao nosso alcance, mas firmes em preservar o que foi construído até agora, informamos que entregamos formalmente ao senhor governador Eduardo Campos o cargo de secretário. Agradecemos nesta oportunidade todo o apoio e carinho recebidos durante esta árdua, porém vitoriosa tarefa. Agora nos resta ajudar esta nova equipe no que for possível e torcer para que tudo corra bem e os avanços sejam consolidados e ampliados.

Abraços, Servilho"

Corregedoria expulsa 40 PMs e um bombeiro da corporação


Coronel Siqueira disse que os crimes cometidos afrontam a sociedade e ferem o decoro da classe Foto: Helder Tavatres/DP DA Press

Entre os demitidos estão três dos envolvidos na tortura de jovens no carnaval de 2006

Nova faxina ética na Polícia Militar. A edição do Diário Oficial de ontem publicou o nome de 40 policiais militares e de um bombeiro militar expulsos das corporações. Desta vez, o número é quase o dobro das expulsões registradas em março do ano passado, quando 24 PMs também foram demitidos. Entre os policiais atingidos pela determinação da Secretaria de Defesa Social (SDS) estão três dos envolvidos na tortura a um grupo de 17 jovens durante o carnaval de 2006, que terminou na morte de Zinael José Souza da Silva, 17, e de Diogo Rosendo Ferreira, 15.

As causas do afastamento dos policias são variadas. Mas somente crimes considerados graves pela cúpula da corregedoria têm esse fim, tais como homicídios sem justificativa, furto, extorsão, roubo e tortura. "Tratam-se de crimes que afrontam a sociedade, ferem a honra pessoal do PM, além do decoro da classe", explicou o corregedor auxiliar, coronel Elias Siqueira. Ao longo dos últimos três anos, o principal motivo de afastamento tem sido a participação em homicídios, assim como a principal punição tem sido a exclusão a bem da disciplina.

Os PMs expulsos já estavam afastados das funções temporariamente porque respondiam a esses processos disciplinares na corregedoria. O artigo 14, da lei 11.929 define essa condição. Alguns, inclusive, já estão no Centro de Reeducação da PM (Creed), em Abreu e Lima, porque também respondem a processo criminal na Justiça pelos mesmos crimes. Com a expulsão, os PMs que estão na unidade de Abreu e Lima perdem a farda e seguem para um presídio comum, como o Aníbal Bruno ou Cotel. A expulsão, de toda forma, não é definitiva. Os acusados podem recorrer na Justiça para conseguirem o cargo de volta. Raramente isso acontece, no entanto.

A prática de demissão em massa tem sido comum na PM. Isso porque a atual gestão da corregedoria acredita que a expulsão nessas condições chama mais a atenção da corporação para a seriedade do trabalho do órgão.

A corregedoria pode instaurar três tipos de investigação: o Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que julga atos do policial civil e dos agentes penitenciários; o Conselho de Disciplina (CD), destinado aos praças da PM e do CB; e o Conselho de Justificação (CJ), para os oficiais da PM e do BM. Enquanto o CD e o CJ podem resultar em detenção, prisão, exclusão ou arquivamento, o PAD prevê advertência, suspensão ou demissão.

Atualmente a corregedoria tem priorizado o julgamento dos pedidos de demissão ou de exclusão para evitar o prolongamento de afastamentos injustos. O policial afastado perde a farda, a arma e até a carteira de identificação de policial, além das gratificações. A investigação do processo administrativo do policial civil tem duração de 90 dias, prorrogáveis por mais 15, enquanto que a do PM tem 30 dias de prazo que podem ser estendidos por outros 20. O julgamento do processo, no entanto, pode se estender por vários anos. No caso do homicídio, a prescrição acontece em seis anos.

Roberto Carlos fez homenagem à mãe em show em Nova York


Mãe do cantor morreu neste sábado, no Rio de Janeiro.
Roberto Carlos não sabia da morte ao cantar 'Lady Laura'.


Durante o show que Roberto Carlos fez em Nova York na noite deste sábado (17), o cantor interpretou a música "Lady Laura", composição em que homenageia sua mãe, Laura Moreira Braga.

"Lady Laura", como era conhecida, morreu às 18h20 deste sábado no Hospital Copa D’ Or, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, vítima de infecção pulmonar, aos 96 anos.

O cantor não foi informado da morte da mãe antes do início do show. Ao cantar a música, ele disse ao público que estava preocupado com a saúde de Lady Laura, mas que ligou para o Brasil e foi informado que ela estaria "melhorzinha".

Depois do tradicional momento em que rosas são entregues para o público ao som de "Jesus Cristo" e o cantor se despede, o maestro da banda de Roberto Carlos, Eduardo Lages, se dirigiu à plateia e disse que o cantor não voltaria mais ao palco porque tinha acabado de receber a notícia da morte da mãe.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Geovani Borges destaca descoberta na Região Norte do 'maior reservatório subterrâneo de água doce do mundo'


O senador Geovani Borges (PMDB-AP) registrou em Plenário, nesta sexta-feira (16), a descoberta de aquífero nomeado como Alter do Chão, reservatório com 4,37 milhões de quilômetros quadrados e espessura de 545 metros. Conforme o senador, esse seria o maior reservatório subterrâneo de águas doces do mundo e sua identificação resultou do trabalho de pesquisadores da Universidade Federal do Pará.

- A descoberta precisa ser celebrada como prova das potencialidades da Região Norte, ainda insuficientemente lembrada nos planos turísticos e científicos do Brasil - comentou.

Batizado de Alter do Chão numa referência à localidade de mesmo nome em Santarém (PA), o aqüífero agora identificado com um único grande reservatório se localiza sob áreas dos estados do Amapá, Pará e Amazonas. De acordo com o senador, suas dimensões ainda não foram conclusivamente mapeadas, mas os dados coletados ao longo de 30 anos já permitem assegurar que é maior que o aqüífero Guarani - de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, com 70% de sua área no centro-sudoeste do Brasil e o restante distribuídos entre a Argentina, Uruguai e Paraguai.

As informações trazidas pelo senador são do geólogo Milton Matta, professor da Universidade Federal do Pará. Pelas pesquisas, ele disse ser possível afirmar que sai do aquífero toda a água que abastece Santarém e quase a totalidade de Manaus, a capital do Amazonas.

Geovani Borges observou que a ONU considera a água como a "seiva" do planeta. Porém, apenas 0,007% do total estão disponíveis para o consumo de mais de seis bilhões de pessoas que habitam a terra. Como disse, esse fato desperta "angústia" nos que pensam no futuro.

- Deus é de fato generoso com este País. As ameaças se erguem, os problemas acenam e, mesmo assim, ainda somos agraciados com a descoberta que aqui hoje saudamos - salientou.

Justiça Federal

No pronunciamento, ele informou ainda que a bancada federal do seu estado conseguiu garantir recursos no valor de R$ 35 milhões para a construção da sede da Justiça Federal do Amapá. No prédio, serão instaladas seis varas de Justiça. Também registrou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acabou de aprovar a instalação de uma vara federal no município de Oiapoque e outra em Laranjal do Jarí, ambos no estado. Ele louvou a medida, mas apelou para a concessão de mais uma vara para a capital.

O senador também aproveitou para saudar a Companhia de Eletricidade do Amapá pela iniciativa de treinamento para capacitar técnicos de operação que trabalham com o óleo utilizado na produção de energia. Em parceria com a Petrobrás, como afirmou, o treinamento permitirá que os técnicos atuem com maior conhecimento e segurança.
Da Redação / Agência Senado

PT e PMDB esboçam acordo em Minas



Cúpulas partidárias acertam que haverá palanque único para Dilma, mas persiste disputa para definir quem será o candidato a governador

Empenhados em evitar o divórcio antes mesmo do casamento de papel passado, dirigentes do PMDB e do PT acertaram um cronograma para resolver a crise em Minas Gerais. Apesar das estocadas de parte a parte, os dois partidos decidiram que haverá palanque único em Minas para a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

O acordo de cavalheiros ocorreu na quarta-feira durante jantar na casa do presidente da Câmara, Michel Temer, que comanda o PMDB e é cotado para vice de Dilma. O PT já marcou prévia para 2 de maio entre o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, e o ex-ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, com o objetivo de escolher o candidato ao governo mineiro. Mesmo assim, o PMDB está confiante no acerto para pôr o senador Hélio Costa (MG) na cabeça da chapa.

Ex-ministro das Comunicações, Costa chegou a ameaçar romper a aliança e apoiar o presidenciável José Serra (PSDB), adversário de Dilma, caso o PT lance candidato próprio à sucessão do tucano Antonio Anastasia.

"Querem brincar de Tiradentes com o meu pescoço", desabafou ele, na semana passada, quando o clima entre o PT e o PMDB azedou ainda mais.

Temer propôs que os caciques dos dois partidos aprovassem uma espécie de resolução, fixando o prazo de 10 de maio para o anúncio do acordo. O combinado foi que no dia 15, quando o PMDB fizer seu congresso nacional para reafirmar apoio a Dilma, não deverá restar qualquer aresta em Minas, o segundo maior colégio eleitoral do País, depois de São Paulo.

Os convidados do jantar expuseram as divergências entre o PT e o PMDB em pelo menos dez Estados, mas o foco da conversa concentrou-se em Minas. "A crise é em Minas. Nos outros Estados, como Pará e Maranhão, temos problemas", resumiu o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que participou do encontro.

As cúpulas do PT e do PMDB vão se reunir com Costa e também com Pimentel e Patrus, após a prévia, para acertar a composição da chapa à sucessão de Anastasia, aliado do ex-governador Aécio Neves (PSDB). O PMDB quer que Costa seja candidato ao governo e o PT indique o vice, além do concorrente ao Senado.

Cristianizado. Dirigentes do PMDB afirmam que o PT precisa compor a chapa como vice para Costa não ser "cristianizado" na campanha. Em Minas, porém, o PT não admite abrir mão de candidato próprio e quer empurrar Costa para o Senado. "Estamos fazendo uma prévia para valer", reagiu Patrus. "Quem decide os assuntos do PT é o PT."

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, tentou apagar o novo foco de incêndio. "O importante é que teremos palanque único em Minas e estaremos juntos na campanha de Dilma", disse.

"Haverá atenção especial em Minas porque é o vácuo político que permite o movimento Dilmasia", reforçou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em referência à associação do nome da ex-ministra com Anastasia. Dilma provocou mal-estar no PMDB, há nove dias, ao elogiar Aécio e defender a criação de comitês "Dilmasia" ou "Anastadilma".

Palanque mineiro

CÂNDIDO VACCAREZZA
DEPUTADO (PT-SP)

"As duas direções partidárias nacionais presentes na reunião decidiram que vai ter um só palanque para Dilma. Defendo o acordo com Hélio Costa para o governo e quem vencer a prévia (Patrus ou Pimentel) será o candidato ao Senado"

Isolado, Ciro ataca o próprio partido


Depois de mais de 15 dias isolado, sem sequer ir à Câmara, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) decidiu ontem pressionar publicamente seu partido a decidir sobre sua candidatura à Presidência. Ciro fez um desabafo em seu site, em artigo intitulado A história acabou? Uma reunião da cúpula do PSB, na próxima semana, deve definir o futuro da candidatura Ciro.

"O que é o PSB? Um ajuntamento como tantos outros, ou a expressão de um pensar audacioso e idealista sobre o Brasil? Vai se decidir isto agora", escreveu o deputado. "Eu cumprirei com disciplina e respeito democrático o que decidir meu partido. Respeito suas lideranças. Mas, tenham meus companheiros clareza: eu não desisto! Considero meu dever com o Brasil lutar até o fim. Se for derrotado, respeito. Mas amanhã algum brasileiro mais atento dirá que alguns não se omitiram quando se quis tirar o povo da jogada."

O secretário-geral do PSB, senador Renato Casagrande (ES), minimizou as críticas de Ciro e pediu ontem para o deputado ter "um pouco mais de paciência". "Nós vamos decidir nos próximos dias sobre a candidatura. Nós compreendemos a aflição dele (Ciro), mas não é uma decisão fácil", argumentou o senador.

As lideranças do partido atribuem o texto ao temperamento explosivo de Ciro e à necessidade de pressionar os colegas de legenda à medida que a homologação das candidaturas se aproxima. "O Ciro é um craque. E quem joga com craques no time precisa aprender a acomodá-los", amenizou o deputado Márcio França, presidente do PSB em São Paulo.

O artigo, contudo, poderá causar ainda mais danos a uma pretensão presidencial já bastante ameaçada. Políticos do PSB julgaram que Ciro adotou um "tom messiânico" que "atrapalha mais que ajuda".

Líderes ressaltam que as avaliações de Ciro têm se mostrado falhas. A princípio, ele teria apostado na estagnação de Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas e depois na saída de José Serra (PSDB) da disputa. Ambas as previsões falharam.

Os socialistas afirmam ainda que é impossível decidir sobre a candidatura de Ciro sem "discutir a questão" com o presidente Lula. Parte do partido é favorável ao lançamento da candidatura presidencial do deputado, mas outra parcela significativa é contra e quer fechar uma aliança formal em torno da candidatura da petista Dilma Rousseff.

"Uma candidatura própria tem aspectos positivos, com uma exposição nacional do partido", disse o líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF). "Mas uma candidatura própria isolada, com poucos apoios políticos, pode ter consequências negativas nos Estados."

Pressão. Ao pôr o PSB contra a parede, Ciro faz um desabafo sobre sua situação política. "Jamais imaginei, após 30 anos de vida pública, viver uma situação política como a em que me encontro. A pouco mais de 60 dias do prazo final para as convenções partidárias que formalizam as candidaturas às eleições gerais de 2010, não consigo entender o que quer de mim o meu partido", disse o deputado. As convenções para definir os candidatos nas eleições de outubro vão do dia 10 a 30 de junho.

No artigo, Ciro criticou novamente a aliança do PT com o PMDB. "E estas transas tenebrosas de PT com PMDB é o melhor que nossa política pode oferecer como exemplo de prática aos nossos jovens?", indagou.

Recriminou ainda o caráter plebiscitário dado à corrida presidencial, com as candidaturas de Dilma e Serra. Lembrou que os partidos que lançaram candidatos próprios cresceram, enquanto os que ficaram a reboque de outras legendas "definharam".

Para Ciro, a retirada de sua candidatura não é boa para o País. "A quem interessa tirar do povo as opções que no passado recente permitiram a um sindicalista chegar à Presidência? A história acabou? Não há mais o que criticar ou discutir? Oito de Lula, quatro de Dilma, mais oito de Lula é o melhor que podemos construir para o futuro de nosso País?"

PARA ENTENDER
Escolha da chapa será em junho

Os partidos políticos e coligações têm de 10 a 30 de junho, de acordo com a Justiça Eleitoral, para realizar convenções internas para definição dos candidatos que vão compor a chapa. Este ano, estarão em disputa os cargos de presidente e vice, governadores e vices, senador e deputados federal e estadual. Depois disso, têm prazo de 5 dias para registrar as candidaturas no TSE. A partir de 6 de julho, é permitida propaganda eleitoral.

Bactéria vira esperança contra a dengue

Para vencer a epidemia da dengue (1) é preciso romper um ciclo. A doença se propaga com o mosquito Aedes aegypti e, para se reproduzir, a fêmea precisa de um alimento: o sangue humano. Se a pessoa estiver infectada, o mosquito recebe o vírus e passa adiante para outros e para a própria prole. Para os cientistas, a forma de eliminar o mal, que ameaça 2,5 bilhões de pessoas no mundo, é acabar com essa trajetória. Uma pesquisa da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, pode trazer uma solução para o problema. Em laboratório, eles conseguiram fazer um bactéria bloquear a duplicação do vírus nos insetos, mas a descoberta ainda está longe de ser posta em prática.

Cerca de 30% das espécies de mosquitos são hospedeiros da bactéria parasita Wolbachia, mas não o Aedes aegypti. Em laboratório, porém, os pesquisadores injetaram essa bactéria nos transmissores da doença, durante quase seis anos. “Verificamos que a Wolbachia é capaz de parar a duplicação do vírus da dengue no mosquito e, se não houver vírus nele, o mal não se espalhará para as pessoas. Ou seja, a transmissão da doença poderia ser bloqueada”, disse Zhiyong Xi, um dos autores do estudo em artigo publicado na edição de abril da revista PLoS Pathogens.

A Wolbachia vive apenas dentro das células de alguns invertebrados e pode causar infecções e modificações genéticas, principalmente nos mosquitos. “É uma bactéria transmitida de mãe para filhos, pois infecta as células germinativas. Diferentes linhagens de bactérias podem causar diferentes sintomas nos animais infectados. Pode não acontecer nada ou o resultado pode ser a diminuição do tempo de vida. Geralmente, acontece uma incompatibilidade citoplasmática, ou seja, machos infectados não geram filhos em fêmeas não infestadas e em fêmeas infectadas”, explica Paulo Eduardo Martins Ribolla pesquisador e professor do departamento de parasitologia do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).

Nos testes feitos pela equipe de Zhiyong, macho e fêmea foram infectados com a Wolbachia para comprometer uma população inteira de mosquitos, e assim evitar o vírus da dengue. Mas ainda falta testar a solução na prática. “Em achados como esse, feitos em laboratório, temos uma situação controlada. Às vezes, no campo, eles não têm muito sucesso. É um grande incentivo que, por enquanto, não tem a eficiência. Agora, os cientistas têm que partir para a fase seguinte, testar as condições de temperatura e ver como a bactéria se comporta na natureza”, comenta Rafael Freitas, epidemiologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Para o parasitologista da Unesp, será muito difícil colocar a pesquisa da Universidade de Michigan em prática. “Com relação à Wolbachia, acho que dificilmente será possível transmitir essa bactéria para populações selvagens de Aedes aegypti. Acho que, no curto espaço de tempo, a melhor maneira de combater a dengue é controlar o mosquito, que, por sinal, é cosmopolita, criado por nós mesmos”, analisa Ribolla.

Segundo o professor, outro grupo pesquisou a relação da Wolbachia e do Aedes. O mosquito infectado cruzava com uma fêmea não infectada, o que resultava em uma anormalidade reprodutiva que causava a morte precoce de embriões. “Além das infecções em insetos, existe um grupo grande de pesquisa sobre a infecção de Wolbachia no verme causador da cegueira dos rios (river blindeness). Parece que o tratamento dessas pessoas infectadas com antibióticos mata a Wolbachia e também o verme, curando as pessoas”, conta Ribolla.

Luta constante
Atualmente, não há muitas ferramentas disponíveis para combater a dengue. A prevenção continua a ser a melhor arma contra o vírus e a propagação do mosquito. “Para poder ser utilizada em campo, a melhor solução ainda é a redução dos criadouros do mosquitos. Ações como selar a caixa da água ou não deixar acumular água parada impedem o acesso da fêmea a esses pontos e ela não consegue colocar os ovos. Fazer isso pode diminuir fazer a população de mosquitos e atenuar a transmissão”, afirma Freitas.

O vírus circula quando o mosquito se alimenta de uma pessoas doente. Durante 10 dias, ele permanece no corpo do inseto, até atingir a glândula salivar, e cada nova picada pode espalhar a dengue. “Essa é a propagação mais comum. Mas também existe a forma vertical, na qual a fêmea adquire o vírus e passa para a prole, que já vai nascer infectada. Não sabemos ainda a que ponto ela é importante, mas acreditamos que esse processo é fundamental para a manutenção do vírus na natureza, porque conseguimos eliminar os mosquitos, mas não a doença”, comenta o pesquisador da Fiocruz.

No mundo todo — inclusive no Brasil —, pesquisadores trabalham para encontrar uma solução para terminar com a epidemia. A vacina, principalmente, ainda parece estar distante. Um dos problemas é que existem quatro sorotipos diferentes de vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). O último ainda não chegou por aqui, mas já foi identificado na fronteira com a Venezuela e a Colômbia. “Precisamos de uma vacina polivalente, que possa imunizar as pessoas para qualquer vertente da doença. O grande desafio dos pesquisadores é como desenvolver isso. Dizer que em 10 anos vamos ter uma vacina é um chute no escuro. A única forma de eliminação é o fim dos depósitos e, para isso esse funcionar, é preciso que cada um faça sua parte, tendo senso de comunidade”, finaliza Freitas.

1 - Um longo problema
O mosquito da dengue foi identificado pela primeira vez em 1762. Os primeiros registros da doença no Brasil surgiram no fim do século 19, em Curitiba (PR), e no início do século 20, em Niterói (RJ). Em 1955, o Aedes aegypti chegou a ser considerado erradicado, depois de medidas impostas pelo governo para o controle da febre amarela. Mas, na década de 1960, o relaxamento das regras fez com que o mosquito reaparecesse em território nacional.

» Perguntas e respostas sobre a dengue

1) O que é dengue?
A dengue é uma doença febril aguda. A pessoa pode adoecer quando o vírus da dengue penetra no organismo, pela picada de um mosquito infectado, o Aedes aegypti.

2) Quanto tempo depois de ser picado aparece a doença?
Se o mosquito estiver infectado, o período de incubação varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.

3) Quais são os sintomas da dengue?
Os sintomas mais comuns são febre, dores no corpo, principalmente nas articulações, e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum nas gengivas.

4) O que devo fazer se aparecer alguns desses sintomas?
Buscar o serviço de saúde mais próximo.

5) Como é feito o tratamento da dengue?
Não há tratamento específico para o paciente com dengue clássico. O médico deve tratar os sintomas, como as dores de cabeça e no corpo, com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona). Devem ser evitados os salicilatos, como o AAS e a Aspirina, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. É importante também que o paciente fique em repouso e ingira bastante líquido.

Já os pacientes com Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) devem ser observados cuidadosamente para identificação dos primeiros sinais de choque, como a queda de pressão. O período crítico ocorre durante a transição da fase febril para a sem febre, geralmente após o terceiro dia da doença. A pessoa deixa de ter febre e isso leva a uma falsa sensação de melhora, mas em seguida o quadro clínico do paciente piora. Em casos menos graves, quando os vômitos ameaçarem causar desidratação, a reidratação pode ser feita em nível ambulatorial. A SVS alerta que alguns dos sintomas da dengue só podem ser diagnosticados por um médico.

6) A pessoa que pegar dengue pode morrer?
A dengue, mesmo na forma clássica, é uma doença séria. Caso a pessoa seja portadora de alguma doença crônica, como problemas cardíacos, devem ser tomados cuidados especiais. No entanto, ela é mais grave quando se apresenta na forma hemorrágica. Nesse caso, quando tratada a tempo a pessoa não corre risco de morte.

7) Quais os cuidados para não se pegar dengue?
Como é praticamente impossível eliminar o mosquito, é preciso identificar objetos que possam se transformar em criadouros do Aedes. Por exemplo, uma bacia no pátio de uma casa é um risco, porque, com o acúmulo da água da chuva, a fêmea do mosquito poderá depositar os ovos neste local. Então, o único modo é limpar e retirar tudo que possa acumular água e oferecer risco. Em 90% dos casos, o foco do mosquito está nas residências.

8) O que devo fazer para evitar o mosquito da dengue?
Para evitar o mosquito da dengue é preciso eliminar os focos do Aedes. A SVS preparou uma lista das medidas que as pessoas podem adotar para evitar que o Aedes se reproduza em sua casa.

9) Depois de termos dengue, podemos pegar novamente?
Sim, podemos, mas nunca do mesmo tipo de vírus. Ou seja, a pessoa fica imune contra o tipo de vírus que provocou a doença, mas ela ainda poderá ser contaminada pelas outras três formas conhecidas do vírus da dengue.

10) Posso pegar dengue de uma pessoa doente?
Em hipótese alguma. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento.

11) Quantos tipos de vírus da dengue existem?
São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4, sendo que no Brasil não existe circulação do tipo 4.

12) Existe vacina contra a dengue?
Ainda não, mas a comunidade científica internacional e brasileira está trabalhando firme neste propósito. Estimativas indicam que deveremos ter um imunizante contra a dengue em cinco anos. A vacina contra a dengue é mais complexa que as demais. A dengue, com quatro vírus identificados até o momento, é um desafio para os pesquisadores. Será necessário fazer uma combinação de todos os vírus para que se obtenha um imunizante realmente eficaz contra a doença.

13) Por que essa doença ocorre no Brasil?
É um sério problema de saúde pública em todo o mundo, especialmente nos países tropicais como o nosso, onde as condições do meio ambiente, aliado a características urbanas, favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Mais de 100 países em todos os continentes, exceto a Europa, registram a presença do mosquito e casos da doença.

14) O inseticida aplicado para matar o mosquito de dengue funciona mesmo?
E a nebulização (fumacê)?Sim, os produtos funcionam. Tanto os larvicidas quanto os inseticidas distribuídos aos estados e municípios pela SVS têm eficácia comprovada, sendo preconizados por um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde.

Os larvicidas servem para matar as larvas do Aedes. São aqueles produtos em pó, ou granulado, que o agente de combate a dengue coloca nos ralos, caixas d‘água, ou seja, naqueles lugares onde há água parada que não pode ser eliminada.

Já os inseticidas são líquidos espalhados pelas máquinas de nebulização, que matam os insetos adultos enquanto estão voando, pela manhã e à tarde, porque o Aedes tem hábitos diurnos. O fumacê não é aplicado indiscriminadamente, sendo utilizado somente quando existe a transmissão da doença em surtos ou epidemias. Desse modo, a nebulização pode ser considerada um recurso extremo, porque é utilizada num momento de alta transmissão, quando as ações preventivas de combate à dengue falharam ou não foram adotadas.

Algumas vezes, os mosquitos e larvas desenvolvem resistência aos produtos. Sempre que isso é detectado, o produto é imediatamente substituído por outro.

Fonte: Ministério da Saúde

STJ pode reduzir ações contra planos econômicos

Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) pode reduzir em até 99% o número de ações coletivas que pedem a correção da caderneta de poupança pelos índices de inflação expurgados pelos planos econômicos dos anos 80 e 90, como Bresser, Verão e Collor. Essa é a interpretação da área jurídica da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo a entidade, o número desses processos em aberto cairia de 1.030 para 15. Isso porque, segundo explica o diretor jurídico da entidade, Antonio Carlos de Toledo Negrão, o STJ considerou que o prazo para entrar com ações na Justiça para requerer a correção das perdas é de cinco anos.

A decisão foi tomada na quarta-feira, durante o julgamento de um recurso do Ministério Público de Santa Catarina contra o Banco do Brasil (BB). A ação civil pública, de acordo com a Febraban, foi ajuizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Cidadão em 2003. O próprio Negrão reconhece que não ficou claro se os cinco anos são contados a partir da entrada em vigor dos planos ou se contam a partir da criação do Código de Defesa do Consumidor (CDC), em 1991. “Mas, mesmo na pior hipótese, os processos poderiam ser abertos até 1996”, explicou. Segundo a entidade, apenas 15 processos se encaixam nesse prazo.

Em nota, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) lamentou a decisão do STJ. “A decisão vai na contramão do entendimento dominante no STJ”, afirmou a entidade. A gerente jurídica do Idec, Maria Elisa Novais, disse que o entendimento é contrário ao adotado pela instituição há muito tempo. “O prazo para ajuizar uma ação decorre do direito que vai ser pleiteado judicialmente e não do procedimento judicial adotado. A prescrição da ação para reclamar esse direito está prevista no Código Civil e é de 20 anos”, explicou a advogada, na nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Petrolina recebe sub-sede do Conselho Regional de Psicologia

A partir deste sábado (17), passa a funcionar em Petrolina, no Sertão do Estado, a sub-sede do Conselho Regional de Psicologia/2ª região, que funcionará em uma sala da galeria Madrepérola, centro da cidade.

Dentre os serviços que estarão disponíveis no órgão estão as questões relacionadas ao registro dos profissionais que atuam na região. A comunidade também terá acesso às referências sobre serviços qualificados no segmento da psicologia.

"O espaço fica disponível também para alunos e professores do curso de Psicologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco que desejarem acessar resoluções, procedimentos éticos e publicações de pesquisa", frisa a coordenadora da sub-sede do Conselho Regional de Psicologia, Mônica Cruz.

O órgão terá cobertura em 33 municípios do Sertão do São Francisco.

João Paulo diz a Geraldo Freire que até segunda-feira sai nome do PT que disputará o Senado



Pelo tom da entrevista que o ex-prefeito do Recife João Paulo acaba de dar ao comunicador Geraldo Freire, na Rádio Jornal, a pendenga a respeito do nome do PT que disputará o Senado na chapa do governador Eduardo Campos (PSB) está chegando ao fim.

João Paulo disse que até segunda-feira (19) sairá o nome de quem vai encarar a disputa. Antes, a informação que se tinha era de que até essa data seria definido se haveria prévias ou não.

Pela declaração do ex-prefeito, o anúncio que será feito nos próximos dias será mais decisivo. "Sempre defendi que nós tínhamos que ter um comando. Os coordenadores dessa campanha são o presidente Lula e Dilma (Rousseff, presidenciável do PT) e aqui o governador Eduardo Campos. Sempre defendi que essa coisa não dependesse de uma prévia no PT. Estamos conversando de forma que, até segunda-feira, nós vamos informar à população de Pernambuco qual será o nome que será indicado para a chapa majoritária", disse o petista.

Na entrevista, João Paulo citou ainda pesquisas internas que, segundo ele, trariam seu nome como favorito. Um levantamento realizado pelo PT nacional ficou pronto esta semana e será entregue ao ex-prefeito neste sábado (17).

"A pesquisa está pronta desde ontem. O próprio presidente do PT (José Eduardo Dutra) ligou para mim, comunicando esta pesquisa. E ela é só um dos elementos. Em toda pesquisa que vi até agora eu tenho uma vantagem muito boa em relação a Humberto. Mas isso não deve ser o único elemento. Então, vamos ouvir aí o comando do (PT) nacional. O governador Eduardo Campos já disse que quem for do PT será bem vindo".

Questionado por Geraldo Freire se também neste último levantamento seu nome saía na frente, João Paulo respondeu que "possivelmente sim", mas que somente amanhã à noite terá acesso ao conteúdo da pesquisa.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Defesa Civil e prefeita de Lagoa Grande buscam ações para amenizar estragos provocados por chuvas


Os problemas de Lagoa Grande precisam ser urgentemente resolvidos haja vista que os recursos já estão no município, o secretario de infraeestrutura, juntamento com o coordenador da defesa civil devia se indignar diante dos problemas e resolverem. A infraeestrutura saneamento está atrasadas e não querem construir porque são obras que não geram votos uma vez que a mesma ficam em baixo do chão.

Operação da SDS prende mais de 20 pessoas em Carpina e Cabrobó

Uma operação da Secretaria de Defesa Social do Estado já prendeu 25 pessoas até a manhã desta quinta-feira (15). Batizada de Operação Carpinteiro, envolve 375 policiais, entre civis e militares nas cidades de Carpina, na Zona da Mata e Cabrobó, no Sertão do Estado.

A investigação acontece desde outubro do ano passado e foi deflagrada na madrugada de hoje. O objetivo é desarticular quadrilhas envolvidas no tráfico de drogas e armas nessas cidades do Interior.

Foram expedidos 24 mandados de prisão e três ainda estão em aberto. Outras quatro pessoas foram presas em flagrante. Em Cabrobó, foram incineradas quatro roças de maconha. Um número ainda não-informado de armas também foi apreendido.

A operação deve continuar durante todo o dia de hoje. A Polícia Civil dispõe de dois helicópteros para realizar buscas dos envolvidos. O foco será Carpina, pois, segundo a Polícia, é lá que ocorrem as articulações das quadrilhas. Os acusados estão sendo trazidos para a sede do Grupo de Operações Especiais, (GOE) no Recife.

domingo, 11 de abril de 2010

E o Sertão virou um mar de obras


Juntos, a transposição e Transnordestina representam investimentos de quase R$ 10 bilhões em obras. Fotos: Helder Tavares/DP/D.A Press

Dia quente, por volta da uma da tarde, numa estrada do Sertão de Pernambuco. Três homens se escondem do sol, na sombra de uma parede do que deve ter sido uma casa. Jovens, seus rostos estão longe da imagem historicamente associada ao Sertão: seca, cansaço, olhar de quem procura a esperança. Fardados com macacões amarelos, aguardam o transporte que os levará para um dos canteiros de obras do projeto de Integração de Bacias do Rio São Francisco, mais conhecido como transposição.

"Aqui, uma casa custava R$ 200 o aluguel, agora está por R$ 400"
Wagner Moura, secretário de Administração de Custódia


"Aqui todo mundo está trabalhando. Antes era só na roça; agora é diferente", diz Valmir Dias, de 28 anos. Carpinteiro, Valmir costumava passar temporadas em São Paulo, onde trabalhava na construção civil. Há um ano e meio tem emprego perto de casa, num dos trechos de construção do Eixo Leste, no município de Custódia.

O ex-borracheiro Alex Batista dos Santos, de 21 anos, diz que o trabalho na construção civil é mais leve. Flávio Rodrigues, de 22 anos, ajudante de terraplenagem na obra da transposição, está perto de ganhar direito a férias. "A roça dá o dinheiro para sobreviver. Aqui o trabalho é mais maneiro (leve)", avalia o ex-agricultor, que estudou até o 7º ano do ensino fundamental. Flávio e Alex têm a carteira assinada pela primeira vez na vida.


Ela garantem empregos a Valmir Batista, Alex Batista e Flávio Rodrigues.

Além da transposição, a construção da ferrovia Transnordestina é outro grande projeto que está ajudando a movimentar a economia da região. Juntos, os dois representam investimentos de quase R$ 10 bilhões em obras para o Nordeste. Apenas no Projeto de Integração de Bacias do São Francisco, a expectativa é de geração de 12 mil empregos diretos, durante o pico da obra.

A movimentação de pessoas e dinheiro na região tem ocasionado situações impensadas em outros tempos: filas nos caixas dos supermercados, procura por uma mesa vazia nos restaurantes, hotéis lotados, trânsito agitado. O mercado imobiliário foi um dos que mais lucraram com estas mudanças. "Como está vindo muita gente de fora, as pessoas da cidade estão reformando a própria casa ou construindo outras só para alugar. Aqui, uma casa custava R$ 200 o aluguel, agora está por R$ 400. Algumas chegam a R$ 2 mil. Por conta disso, abriram mais quatro lojas de material de construção na cidade", relata o secretário de Administração de Custódia, Wagner Moura.

Desemprego é uma palavra pouco pronunciada nas cidades envolvidas nos projetos. "Hoje, esse problema quase não existe aqui. Dentro da cidade, quem tem uma profissão está trabalhando. As empresas chegam a disputar os profissionais", atesta a secretária de Planejamento de Salgueiro, Ana Neide de Barros.

Em Floresta, pedreiros trocaram os famosos "bicos" por trabalho garantido nas construtoras responsáveis pelas obras dos canais da transposição. O empresário Teotônio da Silva Neto sentiu no bolso a escassez de profissionais. Dono de uma pequena empreiteira, ele corre contra o tempo para preencher 20 vagas de pedreiro abertas para tocar a construção de 50 casas num assentamento rural. "Estou tendoque buscar esse pessoal em Alagoas, porque aqui em Floresta não tem mais. Além disso, um serviço que antes era feito por R$ 1,8 mil agora sai por R$ 2,5 mil. Tive que aumentar o salário para segurar o empregado", conta.

A relação entre oferta e procura de mão de obra e o acesso a direitos constitucionais, como aposentadoria rural e seguridade social, têm colocado o trabalhador num patamar diferente do que tem sido reservado ao sertanejo ao longo do tempo. Mesmo sem o nível técnico e de escolaridade dos operários das grandes cidades, estas pessoas têm conseguido maior grau de autonomia em relação às suas trajetórias. "O concreto é que antes o trabalhador estava muito &aspassna mão&aspass do patrão. Ele ainda não está livre totalmente, mas essa dependência diminuiu", avalia o professor João Policarpo Lima, PHD em economia e chefe do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco.

sábado, 10 de abril de 2010

Presidente da Polônia morre em acidente de avião na Rússia


Todos os 96 a bordo -88 deles poloneses- morreram, segundo autoridades.
Polônia convocará eleições presidenciais para substituir Lech Kaczynski.


O presidente da Polônia, Lech Kaczynski, morreu na queda de um avião neste sábado (10) na região do aeroporto de Smolensk, no oeste da Rússia, neste sábado (10), informou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Polônia, Piotr Paszkowski. Havia 96 pessoas a bordo, segundo as autoridades russas, e ninguém sobreviveu.

Não há ainda informações precisas sobre as circunstâncias da queda da aeronave, um Tupolev TU-154, que decolou de Varsóvia. As autoridades locais informam que o avião caiu cerca de 1,5 km do pouso, durante manobra de aproximação ao aeroporto de Smolensk.

Um porta-voz do governo da Polônia informou que o país terá eleições presidenciais antecipadas, ainda sem data definida. Por enquanto, o governo foi assumido pelo presidente da Câmara Baixa do Parlamento, Bronislaw Komorowski.

Especialistas na Constituição da Polônia afirmam que a data da eleição deve ser anunciada num prazo de duas semanas, e que a votação deve ocorrer dois meses depois do anúncio.

Imagem de destroços do Tupolev TU-154 que levava o presidente da Polônia, Lech Kaczynski, e comitiva à Rússia. (Foto: Reuters)


Também estavam a bordo o comandante do Exército, general Franciszek Gagor, o presidente do Banco Nacional, Slawomir Skrzypek, e o vice-chanceler Andrzej Kremer, segundo a chancelaria.

O Ministério de Emergência da Rússia disse que, entre os 96 mortos, 88 eram da delegação polonesa. O porta-voz da chancelaria polonesa disse que a comitiva era formada de 89 pessoas, mas uma delas não embarcou.

Kaczynski se dirigia à localidade russa de Katyn, para prestar homenagem aos milhares de oficiais poloneses executados em 1940 pelos serviços secretos soviéticos.

*Com informações das agências de notícias EFE, France Presse e Reuters

Avião cai na Rússia com o presidente da Polônia à bordo



Acidente ocorreu durante intenso nevoeiro; presidente polonês, Lech Kaczynski, está entre as vítimas

O avião do presidente da Polônia, Lech Kaczynski, caiu neste sábado, 10, durante um voo rumo à cidade russa de Smolensk, informou o canal de televisão russo Vesti-24.

Na catástrofe morreram 87 pessoas, segundo a agência oficial de notícias russa Itar-Tass, que não menciona a presença a bordo do avião do líder polonês.

O acidente aconteceu no meio de um denso nevoeiro depois que o piloto do avião rejeitou sugestões de desviar o voo até Moscou ou Minsk, a capital de Belarus.

A Procuradoria Geral da Rússia confirmou que o presidente da Polônia, Lech Kaczynski, estava a bordo do avião que se acidentou neste sábado na cidade russa de Smolensk.

O Comitê de Investigação da Procuradoria informou que 132 pessoas estavam a bordo do avião, entre elas Kaczynski. Não há informação sobre a situação dos passageiros e tripulantes após o acidente.

Kaczynski se dirigia à localidade russa de Katyn para prestar homenagem aos milhares de oficiais poloneses executados em 1940 pelos serviços secretos soviéticos.

O Ministério de Assuntos Exteriores da Polônia confirmou o acidente do avião no qual viajava o presidente do país, mas disse que por enquanto não tem notícias sobre o estado das pessoas que estavam a bordo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Chuva volta castigar Lagoa Grande

As fortes chuvas que caíram na madrugada da sexta-feira (09) em Lagoa Grande, causaram grandes transtornos a população, bem como, prejuízo no comércio local.





De acordo com o CLIMATEMPO à uma previsão de 30mm de chuva para o dia sábado (10) e preciso que a população evite transitar nas ruas durante esta estação chuvosa uma vez que o reservatório sanitário do hospital rompeu e toda água se misturou as águas que estão acumuladas nas ruas e córregos da cidade.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Plenário pode votar nesta semana o projeto Ficha Limpa


Também estão na pauta propostas sobre acesso à internet banda larga nas escolas e aposentadoria especial para pessoas com deficiência.

O Plenário poderá votar na quarta-feira (7) o projeto Ficha Limpa (PLP 518/09), que prevê oito anos de inelegibilidade para pessoas condenadas por crimes graves. Os deputados vão analisar o substitutivo do deputado Indio da Costa (DEM-RJ), que estabelece a inelegibilidade dos candidatos somente após a condenação em órgão colegiado, independentemente da instância.

O texto original impedia a candidatura de quem tivesse condenação em primeira instância, mas o relator alterou essa exigência com o objetivo de evitar perseguições políticas.

Ao marcar a data da votação, o presidente da Câmara, Michel Temer, pediu aos líderes partidários a apresentação de sugestões de suas bancadas. Segundo Temer, poderá haver alterações no texto aprovado pelo grupo de trabalho.

A proposta Ficha Limpa é uma iniciativa do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e recebeu mais de 1 milhão de assinaturas de apoio, coletadas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A proposta deverá ser analisada em sessão extraordinária, pois a pauta das sessões ordinárias está trancada por nove medidas provisórias.

Internet nas escolas

Já a partir desta terça-feira (6), o Plenário poderá votar em sessões extraordinárias o Projeto de Lei 1481/07, do Senado, que garante a universalização, até 2013, do acesso dos alunos das escolas públicas do ensino básico à internet de banda larga. Para concretizar esse objetivo, o projeto prevê o uso de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FustO Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações foi instituído pela Lei 9998/00 com o objetivo de proporcionar recursos para cobrir a parcela de custo relativa ao cumprimento das obrigações de universalização de serviços de telecomunicações que não possa ser recuperada com a exploração do serviço. Cabe ao Ministério das Comunicações formular as políticas, as diretrizes gerais e as prioridades que orientarão as aplicações do Fust e definir os programas, projetos e atividades financiados com recursos do fundo.). O texto a ser votado é o substitutivo da comissão especial que analisou a proposta, que foi relatado pelo deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE).

Outra proposta em pauta é o Projeto de Lei Complementar 277/05, do ex-deputado Leonardo Mattos, que reduz o tempo de contribuição exigido para a aposentadoria das pessoas com deficiência. Segundo o substitutivo aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família, haverá redução do tempo em cinco anos nos casos de deficiência grave; em três anos, se a deficiência for moderada; e em dois anos, se o problema for considerado leve.

Direito à informação

A pauta inclui também os Projetos de Lei 219/03, do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que garante a todo cidadão o direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral; e 5228/09, do Executivo, que assegura o acesso pleno, imediato e gratuito às informações públicas, com critérios para proteger as pessoais e/ou sigilosas. Os dois projetos tramitam em conjunto e foram analisados por comissão especial da qual foi relator o deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS).
Tem preferência para votação o substitutivo da comissão especial, que fixa em 50 anos a duração máxima do sigilo dos documentos classificados como ultrassecretos.

http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/POLITICA/146448-PLENARIO-PODE-VOTAR-NESTA-SEMANA-O-PROJETO-FICHA-LIMPA.html

Senado ouve ministro Celso Amorim sobre pontos polêmicos da política externa


O chanceler Celso Amorim participa de audiência pública nesta terça-feira (6) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). Cenário de críticas à política externa brasileira nos últimos tempos, a CRE receberá o ministro às 14h30 para falar inicialmente sobre o controvertido apoio do governo Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã, mas espera-se que outros pontos polêmicos, como as relações com Cuba, também sejam abordados.

De autoria do senador João Tenório (PSDB-AL), o requerimento para o convite ao ministro das Relações Exteriores foi aprovado em 26 de fevereiro, uma semana antes da chegada ao Brasil da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton. A pedido de Amorim, entretanto, a audiência acabou sendo marcada para depois da viagem de Lula ao Oriente Médio (Israel e Palestina), realizada em meados de março. Nesse intervalo, o PSDB anunciou sua "ruptura" com a política externa e a CRE, presidida por Eduardo Azeredo (PSDB-MG), suspendeu as análises de indicações de novos embaixadores. As sabatinas dos indicados pelo governo só deverão ser retomadas na próxima semana.

A comissão decidiu convidar Amorim a expor as razões do governo brasileiro para discordar da intenção dos Estados Unidos e de outros países de impor sanções ao Irã por insistir em seu programa nuclear. Os Estados Unidos teriam razões para suspeitar que o programa nuclear iraniano estaria voltado à produção de bombas atômicas. Para o senador João Tenório, é estranho que o governo brasileiro manifeste publicamente apoio ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, "num momento em que até mesmo os tradicionais apoiadores do Irã, como Rússia e China, começam a se afastar" daquele país.

Autoritarismo

Além das relações com Irã, integrantes da CRE tem manifestado a intenção de influírem de maneira mais decisiva na política externa em questões como a tolerância do governo Lula a governos autoritários, entre os quais o da Coréia do Norte. Outro tema de interesse dos parlamentares é o acordo político com a França para a compra de caças daquele país em troca do apoio dos franceses a uma vaga para o Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O negócio com a França entrará na pauta da audiência a pedido do senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Ele sustenta que os termos do acordo vão muito além do usual em tratados de cooperação direcionados à defesa firmados com outros países. "Chegou ao paroxismo o nível de equívocos da política externa brasileira. Não aceitamos mais que ela seja feita exclusivamente pelo Executivo. Entendemos que nossa função é ajudar a governar. O Senado quer participar, o PSDB quer participar. Há espaços que não estão sendo ocupados por nós", disse recentemente o líder do PSDB, Arthur Virgílio.

"Embora considere o assunto polêmico, o ministro não vê problemas em falar sobre o Irã", disse Azeredo no dia 2 de março, depois de almoço com o chanceler, do qual participaram também senadores da base do governo. Ao informar que a situação política em Cuba será tratada pelo chanceler na comissão, Azeredo observou que o bloqueio econômico à ilha e a morte do preso político cubano Orlando Zapata Tamayo, em razão de uma greve de fome, foram levantadas durante o encontro pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

Para Celso Amorim, o Brasil passou a ocupar papel de destaque a partir do governo Lula. Já Azeredo disse que essa posição privilegiada do país já havia se registrado antes: em 1985, com o processo de redemocratização, e em 1994, com o Plano Real e a conquista da estabilidade.

MST ameaça radicalizar ocupações durante o Abril Vermelho



O líder do Movimento dos Sem Terra (MST) em Pernambuco, Jaime Amorim, disse nesta segunda-feira que os sem-terra estão preparados para radicalizar nas mobilizações do chamado Abril Vermelho, que terão início no dia 17. O Abril Vermelho é um conjunto de ocupações e atos que o movimento costuma fazer todos os anos neste mês.

"Vamos romper cercas, ocupar propriedades, montar acampamentos na área rural, fazer caminhadas e ocupar prédios públicos nas áreas urbanas", ameaçou Amorim.

Somente na próxima semana o MST terá uma agenda definida sobre as ações que devem fazer parte do Abril Vermelho. Em Pernambuco, a radicalização do MST será motivada pelo fato de o governo não ter realizado nenhuma desapropriação de terra ou assentamento de famílias no estado em 2009. Além disso, 2010 é ano eleitoral e, segundo afirmou Amorim, no segundo semestre os órgãos governamentais "ficam inoperantes porque só se pensa na eleição".

Para sem-terra, Bolsa Família teve ‘efeito desmobilizador‘

Outra razão fundamental, segundo Jaime Amorim, para a intensificação do Abril Vermelho deste ano é o fim do "efeito desmobilizador" provocado por benefícios sociais como o programa Bolsa Família, do governo federal.

"Não são R$ 90 por mês que vão sustentar uma família sem um pedaço de terra para produzir. O Bolsa Família teve o efeito de retardar a ação dos trabalhadores, como uma represa que agora deve transbordar", disse.

Uma das principais metas do MST nas ações deste mês será a denúncia da criminalização dos movimentos sociais. Segundo lideranças, esse é o principal problema enfrentado hoje pelos sem-terra e por outros movimentos. O MST diz que há um movimento de rearticulação de "forças reacionárias da direita", que querem impedir a ação dos movimentos sociais. E cita como exemplos a instalação da CPI do MST no Congresso Nacional, as denúncias do Tribunal de Contas União (TCU) sobre irregularidades no repasse de verbas públicas para entidades ligadas aos sem-terra, as declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, criticando as ocupações e, ainda, a ação das polícias militares nos estados.

Estudante é morta em blitz policial na Bahia


A estudante Maysa Cordeiro Macedo, de 18 anos, morreu e seu namorado, Cássio Santos, de 21 anos, ficou ferido depois de a motocicleta na qual estavam ser alvo, na madrugada desse domingo (4), de disparos feitos por policiais militares durante uma blitz realizada no entroncamento de acesso ao município de Nova Canaã (BA), 490 quilômetros a sudoeste de Salvador, na rodovia BA-262.

De acordo com o coronel da PM Ivo Santos, a blitz tinha como objetivo identificar assaltantes que estavam agindo na cidade com motocicletas. Pouco depois da 1 hora, os policiais teriam ordenado que três motos parassem para averiguação. Dirigindo a terceira moto, Cássio teria furado o bloqueio. Os policiais, então, teriam feito disparos para cima, como advertência, e iniciado uma perseguição, atirando.

Um tiro atingiu o pneu traseiro da moto, outro o pé de Cássio e um terceiro, as costas da estudante, que estava na garupa. Cássio foi medicado e liberado. Maysa foi socorrida, mas não resistiu ao ferimento. Ela foi enterrada na manhã desta segunda-feira (5).

De acordo com o coronel, foi encontrado um revólver calibre 38 com Cássio - que não conseguiu explicar o motivo de não ter parado na blitz e alegou não ter ouvido os tiros de advertência. Ele está detido na delegacia do município. Um inquérito foi aberto contra o policial que atirou em Maysa. A previsão é que o procedimento seja concluído em 30 dias.

COMENTÁRIO DO BERRANTE:

Como disparos feitos para cima consegue atingir o pneu, o pé e as costa das vitimas?

Balança comercial termina março com superávit de US$ 668 milhões

Às 15h30, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do MDIC, Welber Barral, concede entrevista coletiva para comentar o resultado das exportações e importações no período.

No mês de março de 2010, a balança comercial brasileira registrou, em 23 dias úteis, exportações de US$ 15,727 bilhões (média diária de US$ 683,8 milhões) e importações de US$ 15,059 bilhões (média diária de 654,7 milhões). Esses desempenhos resultaram num superávit (diferença positiva entre os valores exportados e importados) de US$ 668 milhões e numa corrente de comércio (soma das duas operações) de US$ 30,786 bilhões.

No mês, as exportações brasileiras, pelo critério da média diária, apresentaram crescimento de 27,4% sobre os embarques médios diários registrados no mesmo mês de 2009 (US$ 536,8 milhões). Em relação à performance média diária das vendas brasileiras a mercados estrangeiros em fevereiro deste ano (US$ 677,6 milhões), o crescimento foi de 0,9%.

As importações, na mesma comparação, evoluíram 43,3% em relação ao desempenho médio diário registrado em março do ano passado (US$ 457 milhões), mas sobre a média diária verificada em fevereiro último (US$ 655,7 milhões) houve que da de 0,1%.

A média diária do superávit comercial registrado em março (US$ 29 milhões) foi 63,6% menor que o verificado em março do ano passado, quando a média diária chegou a US$ 79,8 milhões. Em relação a fevereiro deste ano (US$ 21,9 milhões), foi observado crescimento de 32,7%.

A corrente de comércio, também pela média diária, cresceu 34,7% em relação a março do ano passado (US$ 993,7 milhões) e 0,4% na comparação com fevereiro de 2010 (US$ 1,333 bilhão).

Quarta e quinta semanas de março

Na quarta semana de março (entre os dias 22 e 28), as exportações brasileiras somaram US$ 3,492 bilhões e as importações US$ 3,338 bilhões, o que resultou num superávit comercial de US$ 154 milhões. A corrente de comércio no período foi de US$ 6,830 bilhões.

Entre os dias 29 e 31 de março (quinta semana do mês), as empresas brasileiras exportaram US$ 2,017 bilhões e importaram US$ 2,037 bilhões. Dessa forma, o saldo comercial ficou negativo em US$ 20 milhões e a corrente de comércio chegou a US$ 4,054 bilhões.

Ano

Nos primeiros três meses de 2010, os embarques brasileiros para mercados estrangeiros acumularam US$ 39,229 bilhões, com média diária de US$ 643,1 milhões. Esse desempenho foi 25,8% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando a média diária das exportações chegou a US$ 511,1 milhões.

As importações totalizaram, no mesmo período, US$ 38,334 bilhões, com um média diária de US$ 628,4 milhões, valor 36% superior ao verificado no mesmo período do ano passado (US$ 462,1 milhões).

O saldo comercial, no acumulado do ano, chegou a US$ 895 milhões (média diária de US$ 14,7 milhões). Pelo critério da média diária, houve queda de 70% em relação ao mesmo período de 2009 (US$ 49 milhões).

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pernambuco tem mais de 30 homicídios no feriadão

Pelo menos 34 pessoas foram assassinadas em Pernambuco durante o feriado da Semana Santa em 2010, segundo dados extra-oficiais do site Contador de Homicídios (www.pebodycount.com.br). Dentre os crimes, chamaram a atenção três duplos homicídios e a morte da criança Kelly Kettily Giancipoli, 9 anos, ocorrida na Ilha do Maruim, em Olinda. A Secretaria de Defesa Social deve disponibilizar nesta segunda (5), em seu site oficial (www.sds.pe.gov.br), a quantidade de crimes violentos letais intencionais (CVLI) no feriadão.

Dentre os três duplos assassinatos, dois vitimaram pessoas da mesma família. Na madrugada de sexta-feira, dois irmãos foram mortos a tiros no bar do pai deles, localizado na Rua da Palma, Bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife. De acordo com a polícia, Sebastião Pereira de Barros, 36, e João Antônio Calado de Barros, 20, foram surpreendidos por um tiroteio no bar, após uma briga. Uma terceira pessoa que estava no estabelecimento ficou ferida e foi levada para o Hospital da Restauração. Segundo o hospital, ele passa bem.

Já em Jardim São Paulo, Zona Oeste do Recife, pai e filho foram mortos dentro de casa. Tadeu Dias de Sá, 47, e Leandro Henrique José da Silva, 22, estavam em casa e acabaram surpreendidos por dois homens, que chegaram atirando. O motivo e a autoria do crime são desconhecidos.

O terceiro duplo homicídio aconteceu na madrugada de ontem, em Ponte dos Carvalhos, Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife. Segundo a polícia, Miqueias de Azevedo Oliveira, 22, e Edmilson Antônio de Lima, 32, encontravam-se em um terreno baldio fumando crack com um terceiro rapaz ainda não identificado. Os três teriam discutido e esse terceiro homem atirou contra a dupla, fugindo em seguida. Os três casos foram registrados por policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Além de Recife, Olinda e Cabo de Santo Agostinho, foram registrados homicídios em Jaboatão, Goiana, Barreiros, Camaragibe, Primavera, Tacaratu, Joaquim Nabuco, Garanhuns, Panelas, Brejo da Madre de Deus, Toritama e Cumaru.

TRÂNSITO - A volta para casa após o feriado prolongado foi marcada por tráfego intenso, sobretudo na BR-232, principal rota entre a capital e o interior do Estado. Entretanto, nem a Polícia Rodoviária Federal (PRF) nem o Batalhão de Polícia Rodoviária registraram congestionamento ou acidentes graves até 22h de ontem.

''O debate centrado na ética é muito bom para a gente''


Em sua primeira entrevista depois de sair do governo, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou ao Estado que o PT não se assusta com a discussão da questão ética - conforme proposto pelo José Serra, pré-candidato do PSDB, ao fazer um balanço de sua gestão em São Paulo. "Esse debate é muito bom para a gente", afirmou, dando como exemplo "tudo o que foi feito" nas operações da Controladoria-Geral da União com a Polícia Federal. "Se teve um governo que levantou o tapete, foi o governo Lula. Antes não apareciam denúncias, porque ninguém apurava."

Sem citar nomes, ela criticou a atuação da Procuradoria-Geral da República durante o governo Fernando Henrique. "Acabamos com a figura do engavetador-geral. Onde está o engavetador? A União não engaveta mais nada", disse ela. "Nos sentimos muito à vontade em fazer essa discussão."

Dilma reconheceu as falhas no sistema de saúde e propôs aumentar os investimentos em educação. Disse que os rivais terão de mostrar propostas para o País não ficar estagnado: "O Serra que me desculpe, mas ele não foi só ministro da Saúde. Foi ministro do Planejamento. Planejou o quê, hein?"

A petista concedeu a entrevista de improviso, ao ar livre, ao final de uma caminhada pelo Parque da Península dos Ministros, no Lago Sul, bairro onde mora. Ela foi para lá, dirigindo seu carro, um Fiat Tipo, ano 1995, com placa de Porto Alegre. Só tinha a companhia de Nego, seu labrador preto. Desde que deixou a Casa Civil, na quarta-feira, Dilma caminhou todos os dias. A seguir, os principais trechos da entrevista.

O presidente Lula disse que espera que seu sucessor faça mais pela educação. Qual sua meta para o setor?

Ele tem toda razão. Ele construiu um alicerce. Vamos ter que aumentar ainda mais os investimentos.

Hoje, o investimento não chega a 5% do PIB. Educadores sonham com 7%. É possível investir 10%?

Não vou dizer porcentual porque não sou doida, mas dá para aumentar progressivamente os investimentos. Não podemos esquecer que teremos recursos da exploração do pré-sal.

Mas a proposta de investir o dinheiro do Fundo Social do pré-sal em educação encontrou resistência no Congresso. Os partidos querem repassar os recursos para outros setores.

Aí não está certo, distorce o que pode ser o nosso passaporte para o futuro. Apostar na educação não é só uma questão de inclusão e dar suporte à inclusão social. Temos que investir em educação para sermos de fato um país de liderança mundial.

No debate sobre saúde, a senhora não teme enfrentar José Serra, que é um ex-ministro da área?

Não tivemos na saúde, nos últimos 30 anos, um momento tão propício, como agora. Demos um grande salto quando estruturamos o SUS (Sistema Único de Saúde), ninguém pode negar. O SUS de um lado garantia a atenção básica e a partir de um certo momento, as unidades básicas de saúde, com saúde da família, que atendem a gestantes, crianças e aqueles que têm doenças como diabetes, hipertensão. E tinham os hospitais. Neste processo, entre as unidades e os hospitais não tinha nada, não tinha a média complexidade. Uma pessoa ficava em filas e filas. Isso não foi resolvido por ninguém. Acho que o grande passo foi dado com as UPAs, as Unidades de Pronto Atendimento, que garantem atenção 24 horas por dia e impedem que a fila se dê no hospital, transfere o atendimento de urgência e emergência para essas unidades. As UPAs, que estão programadas para uma população de 100 a 200 mil, chegando a 300 mil, têm níveis de cobertura diferenciada. Em vez de ir direto para o hospital, uma pessoa que teve um ataque cardíaco segue para uma UPA. A unidade faz a prevenção, dispensando a fila no hospital. Se o ferimento ou o problema não for grave pode ser tratado ali.

Mas a realidade ainda é outra...

Acho que vamos mudar esta realidade. O pessoal tem toda a razão quando se queixa. Não tinha fila no INSS? Nós não falamos que íamos acabar? Acabamos. Vamos mudar a situação da saúde.

José Serra saiu do governo de São Paulo com um discurso focado na questão ética. Pode prevalecer esse debate no processo eleitoral?

Esse debate é muito bom para a gente. Pode olhar tudo o que foi feito. Nunca se esqueça que foi a CGU quem descobriu a máfia dos sanguessugas. Tudo foi feito pela CGU, combinado com a Polícia Federal. Se teve um governo que levantou o tapete, foi o governo Lula. Antes não apareciam denúncias, porque ficavam debaixo do tapete, ninguém apurava. Estava vendo, outro dia, um levantamento da CGU que mostra que as principais descobertas e investigações neste governo foram de casos que ocorreram em governos anteriores. A apuração das denúncias levantadas pela Operação Castelo de Areia é um caso. E acabamos com a figura do engavetador-geral. Onde está o engavetador? A União não engaveta mais nada. Nos sentimos muito à vontade em fazer essa discussão. Agora, se me perguntarem se isso rende frutos, acho que não rende. Eles pensaram que ia render em 2006. Acho que eles não podem ter só esse discurso. Vão ter que mostrar qual é a proposta para o Brasil não viver estagnado. O Serra que me desculpe, mas ele não foi só ministro da Saúde. Foi ministro do Planejamento. Planejou o quê, hein? Ali, se gestou sabe o quê? O apagão. O apagão que eu falo é o racionamento. Porque o pessoal usa um pelo outro. Racionamento é ficar oito meses sem energia.

A senhora trabalha para estar no mesmo palanque de Ciro Gomes ainda no primeiro turno?

Tenho uma relação muito forte com Ciro. Por conta do fato de termos sido ministros no primeiro mandato do presidente Lula. Foi uma época muito difícil, havia muita tensão, muitas acusações. O Ciro foi um companheiro inestimável. Ele pensa semelhante a todo o projeto do governo. Agora, o que ele vai fazer só ele pode dizer. Não tem como fazermos suposições sobre qual é o caminho político do Ciro.

O País ficou 21 anos sob ditadura e, há 25 anos, não tem direito oficialmente à memória dos tempos do regime militar. A senhora já disse que não aceita o revanchismo. Há condições para abrir os arquivos militares?

Não tem revanchismo em relação à memória. Fizemos todas as tratativas na Casa Civil, quando mandamos ofícios a todos os órgãos arquivistas existentes na República. Pedimos que entregassem os arquivos. Foi dito que tinham sido queimados. Então, que se apresentassem as provas. A Aeronáutica entregou a parte do arquivo. As demais Forças disseram que não existem arquivos. O que pudemos fazer, nós fizemos.

Se a senhora for presidente, vai abrir o arquivo do CIEx, órgão de inteligência do Exército?

O Brasil está bastante aberto. Depende do que vai ocorrer daqui para frente. O aperfeiçoamento da democracia não é uma coisa que se faz de uma vez por todas. Faz a cada dia. É um processo de consulta a pessoas.

Há clima favorável ao fechamento de um ciclo, à abertura do arquivo?

Acho que esse ciclo está consolidado, bastante consolidado.

Qual a proposta da senhora para as Forças Armadas?

O Plano de Defesa que fizemos foi uma das melhores coisas do governo Lula. Um país deste tamanho tem de aparelhar e valorizar as suas Forças Armadas, tem de ter uma estratégia de defesa. É preciso estar presente na nossa imensa costa, até porque temos a questão do pré-sal, e daí a importância dos submarinos.

PRESTE ATENÇÃO

Mensalão

A ex-ministra afirma que o debate ético não assusta o PT, mas, no primeiro mandato do presidente Lula, o partido foi abalado por um dos maiores escândalos da história republicana, o caso do mensalão. Quarenta pessoas foram denunciados ao STF, entre elas os principais dirigentes petistas à época, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da legenda José Genoino.

Sanguessugas

A Operação Sanguessuga, lançada pela PF em 2006, revelou que as fraudes nas licitações na saúde começaram em 2001, na gestão do então ministro José Serra. O PT e o atual governo, no entanto, ficaram constrangidos quando a própria CGU revelou que em 2004 havia alertado o então ministro Humberto Costa, sobre a existência da máfia. Costa só se pronunciou sobre o caso quando a PF estourou com estardalhaço o esquema. A CPI instalada para investigar as denúncias pediu a cassação de 64 parlamentares aliados do governo Lula e oito da oposição.

Saúde

Quanto à política de saúde, o próprio presidente Lula reconhece em conversas internas que se trata de um ponto fraco de seu governo. Desde o primeiro mandato, ele se queixa dos ministros que ocuparam a pasta durante seus dois mandatos: Humberto Costa, Saraiva Felipe e José Gomes Temporão. Ameaçado de perder o cargo no ano passado, Temporão raramente é convidado pelo presidente para eventos pelo País. Na avaliação de Lula, o ministro - apadrinhado pelo governador do Rio. Sérgio Cabral (PMDB) - não conseguiu construir uma marca forte no setor.

Educação

Nos palanques, Lula gosta de dizer que foi o presidente que mais construiu escolas técnicas e universidades. A educação no Brasil, porém, pouco mudou. Em 2001, o presidente FHC vetou o trecho do Plano Nacional de Educação, aprovado pelo Congresso, que previa investimento de 7% do PIB no setor. Lula nada fez para derrubar o veto. Estima-se que os gastos das três esferas de governo na área sejam de cerca de 5%. O Unicef recomenda investimento de 8%. Houve, nas estatísticas oficiais, ligeiro aumento nos gastos em educação, de 3,9% no final do governo FHC para 4,6% em 2008.