terça-feira, 29 de junho de 2010

FHC e Guerra deixam reunião com DEM sem definição sobre vice

Aliados não gostaram da indicação do senador Álvaro Dias (PSDB). 
Presidente do PSDB diz que haverá novo encontro sobre o tema.

 O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, deixaram por volta das 16h desta terça-feira (29) a reunião na qual discutiam com líderes do DEM a indicação do senador tucano Alvaro Dias (PSDB) como vice na chapa de José Serra. De acordo com eles, a reunião não chegou a um consenso e novo encontro deve ser realizado ainda nesta terça. “Estou otimista, a conversa começou ontem, continou hoje e vai continuar”, disse Guerra.

A decisão dos aliados precisa ser conhecida em menos de 24 horas. Quarta-feira (30) é o último dia do prazo para que os partidos realizem convenções e definam seus candidatos.

O encontro no Hotel Emiliano, em São Paulo, contou com o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), o deputado federal e vice-presidente nacional do partido, Paulo Bornhausen (DEM-SC) e o senador José Agripino (DEM-RN). Além dos tucanos FHC e Guerra, estiveram no encontro o candidato ao senado Aluysio Nunes Ferreira (PSDB), o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) e o deputado João Almeida (BA), líder do PSDB na Câmara dos Deputados.

O ex-presidente FHC disse que é preciso  dar "tempo ao tempo”. Questionado se o DEM estará com o PSDB, ele se disse otimista. “Sempre estiveram, porque não vão estar agora?", afirmou. Ao ser perguntado se tinha certeza da adesão na aliança, ele reforçou a impressão de esperança no acordo. "Certeza nunca pode dizer que sim, mas estou otimista” FHC descartou ser um dos articulaores da paz entre os partidos e disse que foi ao encontro apenas para se informar do andamento das conversas. "O importante é cada um entender que o que está em jogo não são  pessoas, é o processo histórico”, disse o ex-presidente.

Histórico da crise

Na sexta-feira (25), Guerra confirmou a decisão do partido de indicar o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) para o posto. A notícia, vazada pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, no Twitter, apanhou de surpresa os líderes do DEM, que reivindicam o cargo, e colocou em crise a aliança entre democratas e tucanos.

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