sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia de protestos das polícias civil e militar começa tranquilo


O dia começou tranquilo na Delegacia de Plantão de Santo Amaro, no Recife. Apesar das inúmeras placas indicando que os agentes da polícia civil estariam realizando apenas serviços essencias, como flagrantes e aberturas de inquéritos de assassinatos, não houve uma grande demanda por boletins de ocorrência que chegassem a trazer problemas aos agentes.

De acordo com o delegado de plantão de Santo Amaro, Carlos Gilberto, todos os procedimentos que chegaram até ele foram prontamente atendidos, mas não há como controlar os anseios da categoria. "Alguns policiais estavam falando de movimento grevista e da necessidade de apenas realizarem serviços essenciais. Nesse caso, é um direito deles, não teria como impedir essa situação", defende.

Trajando roupas pretas com frases que reforçam a campanha salarial que motivou a paralisação, os policiais informavam aos cidadãos que os trabalhos estão reduzidos, o que gerou descontentamento dos que buscaram a delegacia. "Essa greve complicou muito minha situação. É um absurdo. Tudo que preciso é um encaminhamento, mas é urgente e não pude ser atendida", afirmou a esteticista Cibelle de Cássia Abreu, de 24 anos. Ela foi vítima de queimaduras de 2° e 3° graus causados por um aparelho celular e precisava do B.O. para que uma perícia fosse realizada no Instituto de Medicina Legal, requisito necessário para a abertura de um processo legal.

A promessa de ‘Operação Padrão‘ da Polícia Militar também não estava sendo levada à risca na região. Em frente à delegacia, apenas um carro do 16° Batalhão trazia vítimas ou pessoas apreendidas até o local. Durante o plantão, foram registrados apenas dois flagrantes de tráfico e uma de furto. Além disso, uma carga, com aproximadamente 600 caixas de chocolates com data de validade vencida, foi apreendida na Avenida Norte, mas ninguém acabou preso.

De acordo com o Soldado da 16° BPM, Rudinele Barreto, as ações da PM não têm transcorrido com diferença alguma dos dias comuns. "Fomos informados sobre o movimento, mas, pelo que percebemos, todos estão trabalhando como todos os dias. Não há uma política de tolerância zero", avalia.

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