Uma nova agência de inteligência militar dos EUA alertou que o Irã planeja infiltrar um novo carregamento de armas no Afeganistão nas próximas semanas, disse nesta sexta-feira um alto oficial do Departamento de Defesa americano, citando uma "fonte iraniana", segundo a rede CNN.
Saiba mais sobre as ameaças do Irã a Israel.
"O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, alertou neste sábado Israel e os países aliados que pagarão caro por qualquer novo ataque contra a faixa de Gaza.
Segundo a agência semioficial iraniana Fars, Ahmadinejad fez esta declaração durante a inauguração de uma fábrica para a produção de matéria-prima na fabricação de aço, na Província iraniana de Kerman.
'Não voltem a cometer o erro de atacar Gaza, já que vão pagar caro', ameaçou o presidente iraniano, que não reconhece o Estado de Israel e o qualifica como "o regime sionista de ocupação".
O governo israelense ameaçou nesta sexta-feira lançar uma nova ofensiva contra o grupo radical islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza (território palestino) desde 2007, caso continuem os disparos de foguetes a partir desta região. No dia anterior, aviões israelenses fizeram uma série de ataques às cidades de Gaza, Rafah e Khan Younis.
O primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, fez um apelo à comunidade internacional para que impeça o início de um novo ciclo de violência. "Exortamos à comunidade internacional para que intervenha e coloque um fim a esta escalada e a agressão israelense", declarou, em um comunicado oficial.
Programa nuclear iraniano
Ahmadinejad aproveitou para criticar o tratamento dado pelo Ocidente às atividades nucleares do Irã.
'Eles mentem e dizem que o Irã tenta produzir bombas atômicas, enquanto eles próprios têm bombas atômicas', afirmou.
O regime iraniano é criticado por grande parte da comunidade internacional por conta de seu controvertido programa atômico.
Países como Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Israel acusam o regime iraniano de esconder sob o programa nuclear civil outro de natureza clandestina e com ambições bélicas, cuja meta seria adquirir armas atômicas, uma alegação que Teerã rejeita.
Desde fevereiro, Washington, apoiada por Londres, Paris e Berlim tentam pactuar novas sanções internacionais contra o Irã."
Veja o posicionamento do país sobre os possíveis embargos ao seu programa nuclear.
"Após debates sobre o apoio da China às possíveis sanções da ONU contra o Irã, o porta-voz do ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, afirmou hoje que os embargos da comunidade internacional demonstraram sua "inutilidade" nas últimas três décadas.
Segundo a agência local de notícias "Mehr", Mehmanparast fez esta declaração em reação à postura do Canadá na reunião de ministros de Exteriores do Grupo dos Oito (G8, que reúne as principais potências do Mundo e a Rússia), realizada esta semana nesse país, na qual foi tratado o caso nuclear iraniano.
Ottawa disse que o G8 deve concordar novas sanções econômicas contra Teerã para sua aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), diante da ameaça do programa nuclear iraniano.
"O programa nuclear do Irã é totalmente pacífico, e falar de embargos é uma ameaça que mostrou sua inutilidade nos últimos 30 anos", afirmou Mehmanparast.
O porta-voz da diplomacia iraniana disse ainda que "os países devem optar por reconhecer os direitos dos demais, especialmente no marco do Tratado de Não-Proliferação (de Armas Nucleares), em vez de empregar métodos incorretos como impor embargos e pressões".
O regime iraniano é criticado por grande parte da comunidade internacional por conta de seu controvertido programa atômico.
Países como Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Israel acusam o regime iraniano de esconder sob o programa nuclear civil outro de natureza clandestina e com ambições bélicas, cuja meta seria adquirir armas atômicas, uma alegação que Teerã rejeita.
Desde fevereiro, Washington, apoiada por Londres, Paris e Berlim tentam pactuar novas sanções internacionais contra o Irã."
Outro oficial americano, no entanto, disse que o Irã apenas fornece "suprimentos limitados de armas para o Taleban... não o bastante para causar problemas para as forças de coalizão", segundo a rede americana.
O oficial também lembrou que o Irã, país de maioria xiita, e o Taleban sunita quase entraram em guerra um contra o outro no final dos anos 1990. Por isso, não seria do interesse do Irã ser um dos principais fornecedores de armas do grupo radical islâmico.
No começo desta semana, o chefe do Estado-Maior Conjunto, o almirante Michael Mullen, disse a jornalistas ter sido pego de surpresa quando soube de um "carregamento significativo" de armas do Irã para Candahar no sudeste do Afeganistão.
Teerã já disse apoiar o governo afegão e nega alegações de que ajuda os militantes do grupo islâmico Taleban. Irã considera as acusações parte da campanha internacional contra a República Islâmica e diz que não faria sentido um governo xiita ajudar os sunitas talebans.
O Irã tem relações estreitas com o Afeganistão e recebeu milhões de refugiados afegãos expulsos pelos incessantes conflitos no país nos últimos 30 anos.
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