quarta-feira, 17 de março de 2010

Justiça de SP nega pedido para suspender júri do casal Nardoni


O TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo negou nesta terça-feira pedido da defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá para que a suspensão do júri do casal, marcado para começar na próxima segunda-feira (22). O casal está preso e é acusado pela morte da menina Isabella Nardoni, 5, filha de Alexandre, em março de 2008.

Os advogados alegavam cerceamento de defesa e pediam para realizar, antes do júri, outras provas para apresentar aos jurados --como a produção de animação gráfica das teses sustentadas ou a reprodução simulada da morte de Isabella. Entre outros itens, a defesa queria que fossem exibidas as telas de proteção retiradas do apartamento de onde Isabella caiu, na zona norte de São Paulo, e a utilizada na reprodução simulada para confronto da perfuração.

O TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo negou nesta terça-feira pedido da defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá para que a suspensão do júri do casal, marcado para começar na próxima segunda-feira (22). O casal está preso e é acusado pela morte da menina Isabella Nardoni, 5, filha de Alexandre, em março de 2008.

Leia cobertura completa sobre o caso Isabella

Os advogados alegavam cerceamento de defesa e pediam para realizar, antes do júri, outras provas para apresentar aos jurados --como a produção de animação gráfica das teses sustentadas ou a reprodução simulada da morte de Isabella. Entre outros itens, a defesa queria que fossem exibidas as telas de proteção retiradas do apartamento de onde Isabella caiu, na zona norte de São Paulo, e a utilizada na reprodução simulada para confronto da perfuração.
Carol Guedes-7.mai.08/Folha Imagem
Anna Carolina e Alexandre são levados por policiais após terem a prisão decretada
Anna Carolina e Alexandre são levados por policiais após terem a prisão decretada

Em sua decisão, o desembargador Luis Soares de Mello afirmou que os acusados se recusaram a participar da reconstituição da morte, ainda durante a fase de inquérito, e que o fato de o casal atribuir o crime a uma terceira pessoa inviabiliza a reprodução. "Não haveria, portanto, o que simular", diz.

Quanto à produção gráfica, o desembargador não vê necessidade de autorização judicial e afirma que a defesa pode produzir o material e solicitar que seja anexado aos autos, "desde que respeitados os prazos impostos pela legislação processual penal".

Para o desembargador, os requerimentos da defesa, "por sua impertinência ou desnecessidade, demonstram o seu nítido caráter protelatório".

Júri

A previsão do TJ é que o júri --comandado pelo juiz Maurício Fossen-- dure cinco dias. Ao todo, 24 testemunhas serão ouvidas durante o julgamento, que ocorrerá no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo. Destas, quatro são testemunhas de acusação e 20 são as convocadas pela defesa do casal, segundo a assessoria do tribunal.

O promotor de Justiça Francisco Cembranelli, do Ministério Público de São Paulo, será o responsável pela acusação. Na ocasião da denúncia, em 2008, Cembranelli apontou como provas contra o casal laudos periciais e versões de testemunhas --durante as investigações, mais de 60 pessoas foram ouvidas.

No ano passado, o promotor disse à Folha Online não ter dúvidas da condenação do casal. "Acredito que sim [devem ser condenados], por unanimidade até. É a ideia que eu tenho de que esse acervo probatório vai ser muito bem compreendido pelo júri, possibilitando aí sim uma condenação", afirmou.

Já a defesa será comandada pelo advogado Roberto Podval, que assumiu o caso em abril do ano passado. A defesa alega, entre outros argumentos, que não há provas para incriminar o casal; que eles viviam em harmonia; e que o edifício London, onde Isabella morreu, era vulnerável à entrada de estranhos na ocasião. No ano passado, Podval chegou a levantar também a tese de que Isabella pode ter morrido em uma acidente doméstico.

Isabella morreu em 29 de março de 2008, quando foi jogada do sexto andar do prédio onde moravam seu pai e sua madrasta, na zona norte de São Paulo. O casal está preso desde maio daquele ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário