terça-feira, 30 de março de 2010

PAC 2 é uma 'prateleira de projetos', diz Lula

Fazer obra de 'grande envergadura' é 'transtorno', afirmou.
Segundo o presidente, burocracia é um dos entraves.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. (Foto: Antonio CRuz/ABr)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (29), durante a cerimônia de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, que prevê R$ 958,9 bilhões entre 2011 e 2014, que o governo está construindo uma "prateleira de projetos".

"Para que, quem vier a governar o país, não o pegue sem projeto (...) É pensando quatro anos para frente que a gente pode construir esse país mais rapidamente", disse Lula durante discurso.

O presidente disse ainda que o PAC não é seu. "De qualquer forma, o PAC não é do Lula, que só tem mais 9 meses aqui. Se for feito por vocês, governadores e prefeitos, quem entrar aqui na Presidência não vai poder dizer que vai rasgar isso aqui. Tem que ficar no pé para que eles cumpram o compromisso com o Estado brasileiro", afirmou a uma plateia de governadores, prefeitos e parlamentares.



Transtorno

O presidente afirmou ter aprendido que anunciar uma obra e disponibilizar dinheiro no orçamento é a "coisa mais fácil". "Começar a ser executada tem um tempo que não depende individualmente de nós, mas de todas as barreiras que criamos para nos auto-fiscalizar", explicou.

Segundo Lula, antes de seu governo era preciso começar o processo de investimento praticamente do zero. Ele citou o exemplo da Transnordestina, o que, segundo Lula, mostra o "transtorno" que é fazer uma "obra de grande envergadura" no país.

"A Transnordestina, já estamos trabalhando nela há cinco anos. Só na elaboração do projeto, arquitetura financeira que envolveu vários ministros da fazenda, presidentes de BCs, levamos mais de três anos para fazer. Mas tínhamos nos esquecido da engenharia burocrática. Quando eu perguntava quando íamos começar, diziam um 'pouco mais presidente'", afirmou.

Depois, segundo Lula, ainda apareceu o problema das desapropriações dos governos estaduais. "Por isso falam do cemitério de obras paradas. Nem todo mundo é perseverante", afirmou Lula.

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